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O treino do sono é bom para o bebé? O treino do sono é bom para o bebé?

Saibam mais sobre o treino do sono com a Constança Ferreira, que integra a equipa do Centro do Bebé.


A primeira pergunta do Consultório Moms & Babies (powered by Centro do Bebé), está relacionada com treino do sono do bebé. Esclareça as suas dúvidas relativas a este tema com as resposta de Constança Ferreira que integra a equipa do Centro do Bebé.

“Tenho visto várias referências a especialistas em “treino do sono” que conseguem que os bebés durmam toda a noite tranquilos. Os treinos do sono são bons para os bebés? O que podemos fazer para que os bebés durmam bem durante a noite e deixem os pais descansar também?”

O que é o treino do sono?

A questão do treino do sono tem na verdade uma longa história, embora apenas agora tenham surgido profissionais portugueses a promovê-los.

Estes métodos partem de uma abordagem de condicionamento comportamental, que defende duas premissas base: que os bebés devem seguir horários previamente definidos, habitualmente em ciclos de alimentação-actividade-sono, e que o pedido do bebé não deve nunca ser “recompensado” com a resposta que este pretende.

Se o bebé chora para vir para o colo, deve-se acalmá-lo sem lhe pegar, se o bebé pede mama, deve-se adiar a mamada ou entreter o bebé para que mame só no horário que se pretende, por aí fora… O objectivo é extinguir a resposta, como forma de extinguir o pedido do bebé.

Não há grande variação destes métodos há mais de 50 anos, embora uns se apresentem mais “gentis” do que outros. A origem é a mesma.

O que acontece é que na altura em que estas abordagens foram definidas, muito pouco se sabia sobre a importância da livre demanda na amamentação, por exemplo, ou que deixar um bebé a chorar sem consolo efectivo, mesmo que os pais estejam presentes no quarto, eleva drasticamente os seus níveis de cortisol (a hormona do stress), expondo-o a algo que poderá ter consequências no seu desenvolvimento futuro.

Na minha óptica é questionável que para que os bebés “durmam tranquilos” se tenha que passar em alguns casos por uma experiência infernal de choro para o fazer. É um contra-senso.

Não me parece aceitável que continue a defender-se que o choro seja uma forma de ensinar. E se alguns bebés se adaptam bem aos esquemas propostos, muitos resistem e choram muito.

Se os pais estão a implementar métodos destes e o seu instinto lhes diz que não é correcto que os seus bebés chorem dessa forma, por favor não persistam, mesmo que alguém os incentive a fazê-lo.

O instinto que nos liga ao bebé não é uma característica de “mãe ou pai galinha”, é algo de profundo e complexo. É a base da nossa voz para o que consideramos certo ou errado. Deve ser seguido.

Por outro lado é importante percebermos que nem todos os despertares nocturnos são negativos e muitos têm uma importante função de nutrição, regulação e segurança para o bebé.

A ideia destes métodos de que “o bebé tem que ser orientado em tudo”, já ficou provada que está desactualizada. Os nossos bebés têm muitos comportamentos que são protectores para si próprios e que não deviam ser levianamente ultrapassados.

Outro pressuposto, o de que todos os bebés deveriam dormir 12 horas seguidas a partir dos 6 meses, como prometem alguns destes métodos, não tem qualquer sustentação.

Nenhum estudo demonstra que esse é o padrão fisiológico para a maioria dos bebés no primeiro ano de vida.

E esta ideia pode levar os pais que têm um bebé que até dorme bem a achar que têm um problema em mãos.

Na verdade o que se está a falar na maioria dos casos, não é de um problema do bebé.

É da necessidade de encontrarmos um equilíbrio entre as necessidades deste e as necessidades dos pais.

É essa a abordagem em que eu acredito. Porque claro que dormir é fundamental, para o bebé e para nós. E é legítimo que queiramos todos dormir o melhor possível.

 

Que podemos fazer então para que o bebé durma bem e nós também, sem termos que entrar em confrontos de noite?

Primeiro percebermos o que é o padrão “normal” de sono para um bebé da idade do nosso, sem termos como parâmetros metas irrealistas. Isso reduz imensa ansiedade nos pais.

Em seguida, antes de acharmos que a questão está toda no bebé, convém observarmos também se nós próprios estamos a aproveitar o tempo que temos disponível para descansarmos e estarmos nas melhores condições possíveis para acolher com paciência os pedidos do bebé.

Cada família deve fazer a reflexão do tipo de organização que irá funcionar melhor para si mesma, e aplicá-la sem medos.

De forma geral, sabermos que ir cedo para a cama é importante, reduzir os estímulos umas horas antes de ir dormir (nada de ecrãs, reduzir as luzes em casa, colocar uma música suave), deixar o bebé mamar à vontade antes da hora de dormir (no caso de estar a amamentar), deixar o bebé nos nossos braços todo o tempo que for preciso, sem pressas, nanar o bebé e fazer muito contacto físico. Garantir-lhe que estamos ali para ele, se precisar de nós durante a noite.

E estarmos. Essa é a forma infalível para reduzir a ansiedade na entrada da noite e retirar os dramas da hora de deitar para o bebé. Quando desligamos a nossa própria ansiedade relativamente ao medo da noite, o bebé espelha essa tranquilidade também e os seus padrões melhoram.

A primeira proposta é: em lugar de tentar extinguir o pedido que o bebé está a fazer, não lhe dando resposta, fazer precisamente o oposto. Atender o bebé. Isso vai securizá-lo. Depois cada pai e mãe podem fazer uma análise para tentar perceber o que pode estar a motivar os despertares do seu bebé ou a dificuldade em adormecer.

Quando trabalhamos em conjunto essa é uma análise detalhada, para encontrarmos as estratégias de intervenção adequadas às necessidades de cada bebé. Nos casos mais complicados em que o sono é efectivamente um problema para toda a família, muitas vezes temos que ir por fases, ajustando a cada conquista do bebé, sem entrar em colisão com as suas necessidades de securização e mantendo um bom equilíbrio com as necessidades de descanso dos pais.

É um trabalho individual, não há soluções universais. É importante compreender que o sono é parte de um todo, não é uma peça isolada.

Muitas vezes há que abrir canais de comunicação e perceber o que o bebé nos está a dizer com o seu comportamento. É esse o meu trabalho… quase de detective, investigando os motivos de cada bebé e partindo sempre do princípio de que estes são válidos e merecem ser atendidos.

É assim, que na minha experiência, se atingem, de forma duradoura e sólida, noites pacíficas para toda a família.

 Fonte do artigo: Pumpkin.pt

 

Sugestões Pumpkin

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A primeira pergunta do Consultório Moms & Babies (powered by Centro do Bebé), está relacionada com treino do sono do bebé. Esclareça as suas dúvidas relativas a este tema com as resposta de Constança Ferreira que integra a equipa do Centro do Bebé.

“Tenho visto várias referências a especialistas em “treino do sono” que conseguem que os bebés durmam toda a noite tranquilos. Os treinos do sono são bons para os bebés? O que podemos fazer para que os bebés durmam bem durante a noite e deixem os pais descansar também?”

O que é o treino do sono?

A questão do treino do sono tem na verdade uma longa história, embora apenas agora tenham surgido profissionais portugueses a promovê-los.

Estes métodos partem de uma abordagem de condicionamento comportamental, que defende duas premissas base: que os bebés devem seguir horários previamente definidos, habitualmente em ciclos de alimentação-actividade-sono, e que o pedido do bebé não deve nunca ser “recompensado” com a resposta que este pretende.

Se o bebé chora para vir para o colo, deve-se acalmá-lo sem lhe pegar, se o bebé pede mama, deve-se adiar a mamada ou entreter o bebé para que mame só no horário que se pretende, por aí fora… O objectivo é extinguir a resposta, como forma de extinguir o pedido do bebé.

Não há grande variação destes métodos há mais de 50 anos, embora uns se apresentem mais “gentis” do que outros. A origem é a mesma.

O que acontece é que na altura em que estas abordagens foram definidas, muito pouco se sabia sobre a importância da livre demanda na amamentação, por exemplo, ou que deixar um bebé a chorar sem consolo efectivo, mesmo que os pais estejam presentes no quarto, eleva drasticamente os seus níveis de cortisol (a hormona do stress), expondo-o a algo que poderá ter consequências no seu desenvolvimento futuro.

Na minha óptica é questionável que para que os bebés “durmam tranquilos” se tenha que passar em alguns casos por uma experiência infernal de choro para o fazer. É um contra-senso.

Não me parece aceitável que continue a defender-se que o choro seja uma forma de ensinar. E se alguns bebés se adaptam bem aos esquemas propostos, muitos resistem e choram muito.

Se os pais estão a implementar métodos destes e o seu instinto lhes diz que não é correcto que os seus bebés chorem dessa forma, por favor não persistam, mesmo que alguém os incentive a fazê-lo.

O instinto que nos liga ao bebé não é uma característica de “mãe ou pai galinha”, é algo de profundo e complexo. É a base da nossa voz para o que consideramos certo ou errado. Deve ser seguido.

Por outro lado é importante percebermos que nem todos os despertares nocturnos são negativos e muitos têm uma importante função de nutrição, regulação e segurança para o bebé.

A ideia destes métodos de que “o bebé tem que ser orientado em tudo”, já ficou provada que está desactualizada. Os nossos bebés têm muitos comportamentos que são protectores para si próprios e que não deviam ser levianamente ultrapassados.

Outro pressuposto, o de que todos os bebés deveriam dormir 12 horas seguidas a partir dos 6 meses, como prometem alguns destes métodos, não tem qualquer sustentação.

Nenhum estudo demonstra que esse é o padrão fisiológico para a maioria dos bebés no primeiro ano de vida.

E esta ideia pode levar os pais que têm um bebé que até dorme bem a achar que têm um problema em mãos.

Na verdade o que se está a falar na maioria dos casos, não é de um problema do bebé.

É da necessidade de encontrarmos um equilíbrio entre as necessidades deste e as necessidades dos pais.

É essa a abordagem em que eu acredito. Porque claro que dormir é fundamental, para o bebé e para nós. E é legítimo que queiramos todos dormir o melhor possível.

 

Que podemos fazer então para que o bebé durma bem e nós também, sem termos que entrar em confrontos de noite?

Primeiro percebermos o que é o padrão “normal” de sono para um bebé da idade do nosso, sem termos como parâmetros metas irrealistas. Isso reduz imensa ansiedade nos pais.

Em seguida, antes de acharmos que a questão está toda no bebé, convém observarmos também se nós próprios estamos a aproveitar o tempo que temos disponível para descansarmos e estarmos nas melhores condições possíveis para acolher com paciência os pedidos do bebé.

Cada família deve fazer a reflexão do tipo de organização que irá funcionar melhor para si mesma, e aplicá-la sem medos.

De forma geral, sabermos que ir cedo para a cama é importante, reduzir os estímulos umas horas antes de ir dormir (nada de ecrãs, reduzir as luzes em casa, colocar uma música suave), deixar o bebé mamar à vontade antes da hora de dormir (no caso de estar a amamentar), deixar o bebé nos nossos braços todo o tempo que for preciso, sem pressas, nanar o bebé e fazer muito contacto físico. Garantir-lhe que estamos ali para ele, se precisar de nós durante a noite.

E estarmos. Essa é a forma infalível para reduzir a ansiedade na entrada da noite e retirar os dramas da hora de deitar para o bebé. Quando desligamos a nossa própria ansiedade relativamente ao medo da noite, o bebé espelha essa tranquilidade também e os seus padrões melhoram.

A primeira proposta é: em lugar de tentar extinguir o pedido que o bebé está a fazer, não lhe dando resposta, fazer precisamente o oposto. Atender o bebé. Isso vai securizá-lo. Depois cada pai e mãe podem fazer uma análise para tentar perceber o que pode estar a motivar os despertares do seu bebé ou a dificuldade em adormecer.

Quando trabalhamos em conjunto essa é uma análise detalhada, para encontrarmos as estratégias de intervenção adequadas às necessidades de cada bebé. Nos casos mais complicados em que o sono é efectivamente um problema para toda a família, muitas vezes temos que ir por fases, ajustando a cada conquista do bebé, sem entrar em colisão com as suas necessidades de securização e mantendo um bom equilíbrio com as necessidades de descanso dos pais.

É um trabalho individual, não há soluções universais. É importante compreender que o sono é parte de um todo, não é uma peça isolada.

Muitas vezes há que abrir canais de comunicação e perceber o que o bebé nos está a dizer com o seu comportamento. É esse o meu trabalho… quase de detective, investigando os motivos de cada bebé e partindo sempre do princípio de que estes são válidos e merecem ser atendidos.

É assim, que na minha experiência, se atingem, de forma duradoura e sólida, noites pacíficas para toda a família.

 Fonte do artigo: Pumpkin.pt

 

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